...Um dia eles disseram
Para que não falássemos,
E nós calamos.
Noutro dia eles disseram
Para que não cantássemos,
Nem músicas, nem hinos,
E nós emudecemos.
Disseram também
Para não sairmos de casa,
E nós nos trancafiamos.
Disseram que nós não nos amássemos,
E nossos lábios secaram.
Foi então que eles disseram
Para que a lua não brilhasse.
Aí, a lua nasceu
Redonda e sanguinolenta
Por trás da capelinha do monte.
Só assim percebemos
Que a força deles não era tanta.
O sol nasceu novamente.
edinaldo leite.
É Nininha, o povo unido sempre é mais forte que o mais forte dos ditadores. Pena que não saiba disso.
ResponderExcluirLendo seu poema, lembrei-me do maravilhoso Chico:
"Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia..."
Beijão!
Juliana
www.blogdabebel.com.br
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ResponderExcluirO poema me lembro "A Revolução dos Bichos", de George Orwell.
ResponderExcluirPublique no blog "Aborto dos generais".
belo poema;continue fazendo;o homem de idéias é um grade homem;seu blog está d+;gostoso como chupar manga e comer galinha com pamonha no luar do sertão e uma linda gata no brejçao.
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