Canta.
Canta que ainda há tempo
Leva teu canto
Aos quatro cantos do planeta
Que a tua voz incendiária seta
Certeira e calma
Como a mão do esteta
Calcine tudo, inclusive a alma.
Canta,
Canta que ainda há tempo,
Nós estamos vivos.
Edinaldo leite.
Este blog mais parece um balaidegato,um matulão de cego,bunda de menino novo,cabeça de juiz.Nele há de tudo um pouco,porém nada muito definido.Recheado de mentiras cabeludas,as verdades barbeadas são por demais enfadonhas.Espaço criado para publicação do impublicável.Fonte de informação saída diretamente dos balcões ensebados dos botecos de ponta de rua,ou dos pés de balcões de velhas bodegas,onde a cachaça de primeira,a cerveja véu de noiva e o tira gosto de higiene duvidosa-por isso mesmo mais gostoso-fazem o tempo parecer tão curto.
Canta.
Canta que ainda há tempo
Leva teu canto
Aos quatro cantos do planeta
Que a tua voz incendiária seta
Certeira e calma
Como a mão do esteta
Calcine tudo, inclusive a alma.
Canta,
Canta que ainda há tempo,
Nós estamos vivos.
Edinaldo leite.
...Um dia eles disseram
Para que não falássemos,
E nós calamos.
Noutro dia eles disseram
Para que não cantássemos,
Nem músicas, nem hinos,
E nós emudecemos.
Disseram também
Para não sairmos de casa,
E nós nos trancafiamos.
Disseram que nós não nos amássemos,
E nossos lábios secaram.
Foi então que eles disseram
Para que a lua não brilhasse.
Aí, a lua nasceu
Redonda e sanguinolenta
Por trás da capelinha do monte.
Só assim percebemos
Que a força deles não era tanta.
O sol nasceu novamente.
edinaldo leite.