apresentando a cria



Este blog mais parece um balaidegato,um matulão de cego,bunda de menino novo,cabeça de juiz.Nele há de tudo um pouco,porém nada muito definido.Recheado de mentiras cabeludas,as verdades barbeadas são por demais enfadonhas.Espaço criado para publicação do impublicável.Fonte de informação saída diretamente dos balcões ensebados dos botecos de ponta de rua,ou dos pés de balcões de velhas bodegas,onde a cachaça de primeira,a cerveja véu de noiva e o tira gosto de higiene duvidosa-por isso mesmo mais gostoso-fazem o tempo parecer tão curto.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Guerreiro Togado




Recém lançado agora em maio a segunda edição do livro do escritor Pedro Nunes Filho- Guerreiro Togado.A obra versa sobre acontecimentos ocorridos no sertão paraibano no ano de 1911,com a tomada da cidade de Monteiro,na época,Alagoa do Monteiro,pelo então bacharel Augusto de Santa Cruz Oliveira, e que iria se prolongar até 1912,convulsionando todo o Cariri paraibano,e tendo reflexos direto sobre a estabilidade do governo do então presidente João Machado.Eu,nascido e criado nessa região do Pajeú pernambucano,vizinha e irmã da região do
Cariri paraibano, e que por isso mesmo, também serviu de palco para os embates entre o Dr.Santa Cruz com seus cabras em armas e as forças oficiais do governo,confesso,nunca em momento algum,tinha ouvido falar sobre tais fatos,note-se a importancia de tais fatos,não foi uma escaramuça qualquer,foi sim,uma tentativa de se derrubar um governo através das armas,e isto não é um fato corriqueiro,cotidianamente corriqueiro que passe despercebido aos olhos da história,mas passou,e passou porque normalmente a história é contada pelos vencedores,e muitas vezes eles não a querem contá-la,e quando o fazem é em benefício próprio.Comprove-se,o Brasil é um país sem memória.Pedro Nunes escutou esta história muita vezes,o narrador era seu pai Pedro Nunes de Farias,que ainda menino presenciou tais fatos.Aquela história contada e pintada com cores vibrantes de epopéia,jamais deixaria a memória daquele menino do Mugiqui.Aquela história fustigava a alma de Pedro como quem falasse:-Conte-me,faça-me justiça.E Pedro fêz,foi a luta,palmilhou Cariri,Pajeú e outros mundos,e de lá voltou com um matulão cheio de histórias que se recusavam a permanecerem sob o tapete bolorento do esquecimento.Assim foi a labuta que gerou o Guerreiro Togado.Confesso que eu estou maravilhado.Ainda bem que existiu Pedro Nunes pai para contar a história,ainda bem que existe Pedro Nunes filho para que ela não morra.Pronto a história foi contada.

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